5.11.12

Mas é assim mesmo,

 Parece que quando estou abalada emocionalmente, tudo conspira pra vir pra acabar com mais um pouco da esperança que existe porque, meu jovem, quando acaba a esperanças não adianta correr pras colinas porque não é lá que elas vão estar, pode ter certeza. Ai você vai buscar as esperanças em Deus, mas cadê Deus que estava aqui no meu coração? Pois é, foi expulso pela minha arrogância e pelo meu orgulho maldito que me fez procurar coisas que não devia. Varri Deus de casa. Tenho tanta coisa pra dizer, que esse diário iria lotar rapidinho. Eu estou tão exausta, sabe e não é de uma coisinha ou outra, são preocupações de verdade. Quanto mais a gente cresce, mais sabemos o que é preocupação de verdade. Queria tanto voltar a inocência, quando me preocupava com: "caramba, rasguei/perdi a roupa da minha Polly" ou "Não assisti meu desenho favorito hoje" Pois é, senhoras e senhores, cada ano que passa a roupinha da Polly se transforma com problemões da vida, aquela qual a Polly e nem seu super-herói favorito não pode resolver. Ai entra questões do coração que passa de uma preocupação com a brincadeira "serve?" pra você dar as mãos pro menino bonito da rua, isso tudo se transforma em coisas do tipo: Pra quem será que eu sirvo? Ou até mesmo: Será que o suposto amor dele serve as minhas vontades? O grau de preocupação aumenta e você passa a encontrar defeitos em você que a sociedade estipula, ai buscamos a forma perfeita para encontrar uma pessoa que não é tão perfeita assim, mas no final acabamos casando com ela. E você vê que buscar a solução para uma paixão platônica não era tão complicado assim e que agora a sua casa e seu marido precisam de você e todas as suas preocupações se juntam com as da dele, porque vocês se uniram e agora são só um, capazes de sofrer na alegria e na tristeza. E bem lá pra frente, onde seus problemas voltam a ter um grau menor, você sentada a sua varanda ao lado de seu esposo, já bem velhos, rodeado de netos, olha pra trás e pensa: tudo valeu a pena. E ai voltamos para onde estamos e a esperança que morreu, lembra? Volta a crescer de novo, porque querendo ou não nascemos pra construir uma história não com final feliz, mas uma história que dá pra dizer que valeu a pena. E ai a gente pensa: estamos no caminho certo pra no final fazer valer a pena?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

pode comentar, eu não vou cobrar nada.