5.3.12

Chega uma hora

que cansamos de ser comparados as outras pessoas, modelados ou até mesmo cansa ter defeito.
O ônibus balançava a cada buraco que passava, eu olhava a rua através do vidro, via as gotas batendo contra o chão, alagando os buracos que faziam o ônibus balançar.

Ruas cheias de defeitos.

Ônibus cheio de pessoas.
Pessoas vazias.

Pensamentos lotados de coisas fúteis.

As ruas estavam cheia de buracos.
Eu estava cheia de buracos.
Jogaram tanta pedra que fiquei assim.
Buraco. Milhares deles.
Não sei se estão cicatrizando ou se acostumei com a dor.

Chegou uma hora que você se cansa de chorar porque as lágrimas apenas alagam os buracos e não os tapam. Daqui uns dias, os buracos estarão novamente abertos, acomulando as dores.
Então continuam jogando pedras, até perfurarem-me completamente



      até eu parar de respir...

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