5.7.11

afundando-me cada vez mais,

sinto como um corpo que se deixa levar pelas ondas do mar.
No princípio parece ser bom, eu vou afundando,
                                                                      afundando,
                                                                                    afundando.
meus braços acompanham o oscilação da correnteza, mas quando meu cérebro grita por oxigênio não consigo buscar em nenhum lugar, meu pulmão só encontra água.
O meu vestido branco está pesado, a calda do vestido está fazendo uma linda dança se movimentando de acordo com a água, tudo está perfeito, mas preciso de oxigênio para continuar o espetáculo, mas não o encontro.
Já está esgotando a minha capacidade de permanecer de baixo d’água, quando dou o meu impulso para voltar à superfície, ele não é forte o bastante para me levar até ela. O desespero sempre vem nesses momentos me dar às boas vidas, é como uma visita que não vem em bom momento. Os meus braços agora estão se sacudindo em sinal de ajuda, o meu coração pulsa rápido que posso senti-lo em meu peito, posso ouvi-lo, sim eu posso ouvir meu coração a bater forte ajudando-me a pedir ajuda.
A morte.
Ela está chegando perto. Não vou escapar; solto o meu corpo que começa a bailar de acordo com o movimento rápido da água, e a Morte vem vagarosamente com seu vestido preto com uma aparência de uma pessoa repelente, mas sim com o resultado da minha desobediência por ter colocado um vestido e pulado de um penhasco para apenas sentir a sensação.
O meu coração parou de bater. É a minha vez? Sim, é a minha vez.
A minha alma arreda de meu corpo, é mais que uma sensação boa, é inexplicável. Eu me senti mais leve do que dançar na água aquele momento, eu ainda estava com meu vestido branco, mas desta vez, ele parecia ser mais bonito.
A morte estendeu sua mão e eu lhe dei a honra; segui por aquelas águas para até o meu lugar.
Pode ter sido doloroso o meu desespero, mas agora eu estava me sentindo tão bem como nunca me senti antes.

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